....
....
23/06/2021

Queiroga se irrita com pergunta sobre compra de vacina com investigação de superfaturamento e abandona entrevista


O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se irritou e encerrou uma entrevista nesta quarta-feira (23) após ser questionado por jornalistas sobre o contrato do governo federal para a compra da vacina indiana Covaxin.

 

O Ministério Público Federal em Brasília investiga contrato do Ministério da Saúde com a Precisa Medicamentos para a compra do imunizante. Esta foi a única compra de doses contra Covid pelo governo federal realizada com intermediário privado e sem vínculo com a indústria de vacinas .



Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

A negociação também está em análise por senadores da CPI da Covid. Pelo contrato assinado em fevereiro, as primeiras doses da Covaxin chegariam ao Brasil em maio, 70 dias após o fechamento da compra. Até agora, nenhum frasco foi entregue.

 

As doses foram negociadas ao preço unitário de US$ 15 – 50% acima dos US$ 10 pagos por cada dose da vacina da Pfizer, por exemplo. Como as remessas não chegaram, o Ministério da Saúde ainda não fez nenhum pagamento nesse contrato. A Covaxin ainda não tem registro definitivo na Anvisa.

 

Marcelo Queiroga foi questionado sobre essa diferença de preços, mas se irritou – e acabou não respondendo se a compra será mantida em meio às investigações.

 

“Todas as vacinas que têm registro definitivo da Anvisa ou emergencial o ministério considera para aquisições. Então, esperamos esse tipo de posicionamento para tomar uma posição acerca, não só dessa vacina, mas de qualquer outra vacina que obtenha registro emergencial ou definitivo da Anvisa. Porque nós já temos, hoje, um número de doses de vacina contratadas acima de 630 milhões e o governo federal tem feito a campanha de vacinação acelerar”, declarou.

 

"Os senhores vão comprar a Covaxin com esse preço que está sendo questionado?", perguntou um jornalista.

 

“Eu falei em que idioma? Eu falei em português. Então não foi comprada uma dose sequer da vacina Covaxin, nem da Sputnik”, retrucou Queiroga.

 

Jornalistas que acompanhavam a entrevista insistiram, e explicaram que a pergunta era sobre pagamentos futuros – relativos ao contrato já firmado.

 

"Futuro é futuro", disse o ministro, encerrando a entrevista sem responder novas perguntas – G1.

 

Carlos Magno

 

VEJA TAMBÉM:

Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC, ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido

- Assassinato de moradores de rua em Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a "Maria Suvacão"

- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes

-
Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização

- Jovem forja a própria morte para saber "quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir desculpas