O Ministério Público Federal (MPF) enviou à Justiça Federal
uma ação contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello por improbidade
administrativa. A ação cita atos de Pazuello que, segundo os procuradores,
prejudicaram o combate à pandemia de Covid no país, como a lentidão na compra
de vacinas e a adoção do chamado "tratamento precoce" (que envolve
remédios sem eficácia).
A ação também pede que Pazuello ressarça R$ 122 milhões ao
cofres públicos, relativos ao prejuízo que, segundo o MPF, a gestão dele
causou. Caberá à Justiça decidir se tornará Pazuello réu.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
A ação do MPF é assinada por oito procuradores da República.
Eles listaram atitudes de Pazuello para justificar a improbidade
administrativa. Entre elas estão:
- omissão injustificada do acusado na aquisição de vacinas
para imunizar a população ainda em 2020
- adoção ilegal – e indevida – do chamado 'tratamento
precoce' como principal ação de política pública contra a pandemia
- omissão na ampliação de testes para a população e na
distribuição de milhares de kits de testes PCR, a ponto de perderem a sua
validade
- ação deliberada para dificultar o acesso da sociedade às
informações essenciais sobre a pandemia
“A omissão e a negligência do ex-ministro da Saúde no trato
das negociações das vacinas custou caro à sociedade (que sofre os efeitos
sociais de uma economia em crise e sem perspectiva de reação), à saúde da
população (que amarga índices descontrolados de morbidade e mortalidade por
covid-19) e ao SUS (cujos leitos de UTI Covid adulto, só no primeiro semestre
de 2020, custaram R$ 42 milhões/dia ou R$ 1,27 bilhão/ mês)”, afirmam os
procuradores na ação – G1.
Carlos Magno
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