A Secretária Estadual de Desenvolvimento e Articulação
Municipal da Paraíba, Ana Cláudia Vital do Rêgo, se solidarizou com os pais dos
alunos e docentes da rede municipal de ensino que estão denunciando, por meio
das suas redes sociais, que só um ano e meio depois do início da pandemia de
Covid-19, as gestões do ex-prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues (PSD) e
do atual Bruno Cunha Lima (PSD), teriam dado início à distribuição de mini-kits
da merenda, que segundo as mães dos alunos, trazem uma quantidade insuficiente
de alimentos.
Ana também voltou a cobrar da Prefeitura Municipal de
Campina Grande (PMCG) a reativação dos restaurantes populares e cozinhas
comunitárias da cidade, o que ajudaria em muito as famílias, sobretudo as mais
carentes, neste momento de pandemia.
Foto: Divulgação/Assessoria
Segundo Ana Cláudia, diversas mães estão denunciando a pouca
quantidade dos alimentos contidos nos mini-kits. Além do mais, relembra a
secretária, a pandemia começou há um ano e meio e só em junho de 2021 a PMCG
fez a entrega do kit merenda escolar aos alunos matriculados na rede municipal,
enquanto outras prefeituras na Paraíba já entregaram cestas básicas completas por
três vezes.
A mãe de um aluno, Dona Ediliede Freire, usou as redes
sociais para denunciar o descaso da PMCG com as famílias. “Como é que o
prefeito tem vergonha de entregar uma feira dessas! Gente isso não é uma
feira”, disse a mãe, que mora no bairro do Jardim Europa, em Campina revoltada.
Confira: https://www.facebook.com/edileide.freire.756/videos/172341668260283
Levantamento feito a partir de releases enviados pela
prefeitura de Campina desde 2020 mostra que o município não forneceu
alimentação adequada para os alunos, desde que as aulas foram suspensas. “Como
alguém consegue aplaudir um absurdo desse? Quanta humilhação para as famílias.
Depois de um semestre sem as crianças receberem nada, enviam esse kit
vergonhoso. A gente sabe que o dinheiro da merenda vem o ano todo. Como se
explica tanta demora e descaso”, disse a internauta Ângela Araújo.
Vale ressaltar que a gestão anterior, do ex-prefeito Romero
Rodrigues, esteve envolta no escândalo da ‘Operação Famintos’, que desviou
dinheiro da merenda escolar dos alunos da rede municipal de ensino em Campina
Grande, num processo, até então aberto, que investiga milhões de reais desviados
por uma organização criminosa, denominada pela Polícia Federal de ‘Orcrim da
Merenda’.
Restaurantes
populares e cozinhas comunitárias - De acordo com Ana, não se justifica a
Prefeitura, até hoje, quase nove anos após o fechamento das unidades, não ter
tomado nenhuma providência para reabrir os restaurantes e as cozinhas, o que em
muito contribuiria para a alimentação da população.
Ela lembrou que, após a desativação dos dois restaurantes
populares que funcionavam na cidade – um no centro e outro no distrito dos
mecânicos – e das 9 cozinhas comunitárias que funcionavam nos distritos de São
José da Mata e Galante, além dos bairros José Pinheiro, Malvinas, Bodocongó,
Liberdade, Pedregal, Jeremias e Catingueira, a população passou a ter menos
possibilidades de acesso a alimentação de qualidade a preços baixos.
Atualmente, Campina Grande dispõe de apenas um restaurante
popular, mantido pelo Governo do Estado, que funciona na Avenida Floriano
Peixoto, no Centro, fornecendo 1.500 refeições por dia, o que, segundo Ana, não
é o suficiente para atender a toda a demanda da cidade – Assessoria.
Carlos Magno
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