O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou em
entrevista coletiva hoje (25) a aplicação de uma dose de reforço da vacina
contra a covid-19 para idosos acima de 70 anos. Outra medida aprovada pelo
ministério e pelas secretarias estaduais e municipais de saúde é a antecipação
da segunda dose em alguns casos.
A chamada “dose de reforço” será aplicada em quem tomou a
segunda dose há cerca de seis meses. As pessoas começarão a receber a proteção
adicional em setembro. Os integrantes da pasta não adiantaram a data. O intuito
é fortalecer a imunidade dessas faixas etárias diante do crescimento da
circulação da variante delta.
Foto: Divulgação/PMCG
“Nos países onde a variante tem transmissão comunitária tem
havido maior problemas nos idosos e naqueles que não foram ainda vacinados.
Vacinando os idosos com este reforço teremos proteção adicional”, disse na
entrevista o ministro da Saúde.
As pessoas com dificuldades no sistema imunológico,
denominadas “imunossuprimidas”, também serão convocados para a dose de reforço.
Neste caso, a diferença entre a última dose e a de reforço será de 28 dias.
Estão neste grupo, por exemplo, pessoas com HIV e transplantados.
O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais
de Saúde (Conasems), Willames Freire, defendeu a medida. "Vamos trabalhar
obedecendo a ciência e as orientações técnicas do PNI [Programa Nacional de
Imunização]. Se neste momento está orientando vacinar acima de 70 anos com a
dose de reforço é porque as evidências nos indicam que este público está mais
vulnerável", opinou.
O imunizante utilizado será o Pfizer. “Vamos fazer com
vacina da Pfizer porque ela foi testada em regimes de intercambialidade [uso de
diferentes marcas em distintas doses], porque está aprovada na maioria das
agências sanitárias do mundo e porque o ministério se programou para adquirir
uma quantidade expressiva e tem chegado em tempo que nos dá segurança”, justificou
Queiroga.
Segundo o secretário executivo da pasta, Rodrigo Cruz, até o
fim de agosto a previsão é de disponibilização de 80 milhões de doses. Cruz
acrescentou que até o meio de setembro o Ministério da Saúde quer atingir a
imunização de toda a população adulta com a primeiro dose.
Antecipação
A Câmara Técnica do PNI também decidiu pela antecipação da
segunda dose das vacinas da Oxford/AstraZeneca. Em vez de três meses, o
intervalo entre as duas doses será de dois meses. Já a antecipação da Pfizer
ainda está em estudo.
A medida foi adotada com o propósito de tentar alcançar a
meta de aplicar a segunda dose em todos os brasileiros adultos até o fim de
outubro. Até hoje, 35% das pessoas com mais de 18 anos completaram o ciclo
vacinal no país – Agência Brasil.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC,
ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido
- Assassinato de moradores de rua em
Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a
"Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de
Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de
banco na Paraíba receberá indenização
- Jovem forja a própria morte para saber
"quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir
desculpas