O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, na manhã
deste sábado (28), durante o 1° Encontro Fraternal de Líderes Evangélicos de
Goiás, que tem três alterativas para o futuro: estar preso, morto, ou obter
"vitória". Sem máscara, ele causou aglomeração ao cumprimentar
apoiadores na porta da igreja, em Goiânia.
"Eu tenho três alternativas para o meu futuro: estar
preso, estar morto ou a vitória. Pode ter certeza que a primeira alternativa
não existe. Estou fazendo a coisa certa e não devo nada a ninguém. Sempre onde
o povo esteve, eu estive", afirmou.
Foto: Reprodução/Twitter
A declaração de Bolsonaro ocorre em meio a um momento de
crise para o governo e para o presidente.
Do ponto de vista judicial, Bolsonaro é investigado em cinco
inquéritos, que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE).
Um deles, no STF, o chamado inquérito das fake news,
investiga um esquema de disseminação sistemática e organizada de informações
falsas com o objetivo de fragilizar as instituições e a democracia.
Outro inquérito, no TSE, investiga Bolsonaro por ataques sem
provas às urnas eletrônicas e tentativa de deslegitimar o sistema eleitoral
brasileiro.
Além disso, nos últimos dias, aliados do presidente foram
alvo de operações contra atos ofensivos à democracia e às instituições do
Estado.
Bolsonaro também enfrenta desgaste nos campos político e
econômico, com inflação, desemprego e pobreza em alta, e o risco de apagão no
fornecimento de energia elétrica, diante do baixo nível dos reservatórios das
hidrelétricas.
Em Goiânia, ao lado de líderes evangélicos, o presidente
discursou por cerca de 20 minutos. No fim, disse: "Deus me colocou aqui, e
somente Deus me tira daqui", repetindo uma frase já comum em declarações
do presidente.
Já do lado de fora da igreja, Bolsonaro tirou fotos com
apoiadores e tomou caldo de cana. Depois de falar com o público, ele se
encontrou com políticos e empresários de Goiás em um local onde foram colocadas
tendas e montado um palco.
O governador de Goiás Ronaldo Caiado (DEM) e o prefeito de
Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) estiveram no local. Caiado e Rogério Cruz
usaram máscaras durante o evento – G1.
Carlos Magno
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