Para driblar a exigência de vacinas em restaurantes de Nova
York, a churrascaria brasileira Fogo de Chão armou uma espécie de puxadinho
externo, com mesas ao ar livre cercadas por tapumes pretos para o presidente
Jair Bolsonaro, que não está oficialmente vacinado.
Junto ao mandatário brasileiro, almoçaram os ministros da
Saúde Marcelo Queiroga, do Meio Ambiente, Joaquim Leite, o chanceler Carlos
França e o chefe do GSI Augusto Heleno.
Foto: Divulgação
Ao fim do almoço houve uma salva de palmas em homenagem ao
lutador de jiu jitsu Renzo Gracie, que acompanhou o presidente Bolsonaro por
uma caminhada de cerca de 7 quadras até o hotel onde ele está hospedado.
No caminho, o presidente ouviu ao menos um grito de
"assassino", de uma brasileira que o reconheceu.
O grupo causou curiosidade, com dezenas de seguranças
brasileiros e americanos tentando impedir a aproximação da imprensa. Bolsonaro
demonstrou descontração ao lado de Gracie. O filho do presidente, o deputado
Eduardo Bolsonaro, filmou todo o trajeto.
"Ele ficou na área externa porque é a área permitida
pra pessoas sem vacinação. Então arrumamos tudo pra ele poder vir almoçar com a
gente nesse dia do gaúcho. Ele fez questão de sentar do lado de fora, até
porque do lado de dentro a gente não deixaria porque violaria a lei de Nova
York", afirmou Francisco Kappa, gerente geral da churrascaria.
Segundo Kappa, tanto ele como todos os seus funcionários
estão 100% vacinados. Ele se disse "muito fã de Bolsonaro", e não
quis falar sobre a recusa do presidente em tomar a vacina. "Isso daí eu
não posso comentar". Segundo Kappa, Bolsonaro comeu vários pedaços de
picanha bem passada, seu corte preferido.
É a segunda vez que o presidente brasileiro come nas ruas de
Nova York. Na noite de domingo (19), ele foi a uma pizzaria sem mesas internas
e comeu pedaços de pizza na rua.
O prefeito de Nova York afirmou hoje que "quero mandar
um recado para todos os líderes mundiais, especialmente para Bolsonaro: se você
não quer ser vacinado, nem se incomode de vir (a Nova York)".
Blasio também elogiou o esforço do presidente da Assembleia
Geral da ONU, que tentou promover uma vacinação das delegações, mas a
Secretaria Geral da ONU disse que não poderia forçar líderes de países a se
vacinarem ou barrá-los.
Um diplomata da comitiva brasileira em Nova York está com
Covid-19. A BBC News Brasil confirmou a informação dada primeiro pela CNN.
Segundo a apuração, o infectado não estava no voo do presidente e chegou aos
EUA depois de ter um resultado negativo de PCR. Ele está isolado do restante da
comitiva. Seus colegas também foram testados mas ninguém mais teve um exame
positivo – G1.
Carlos Magno
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