Em discurso no Plenário do Senado Federal, a senadora Nilda
Gondim (MDB-PB) defendeu a união das três esferas de governo (União, Estados e
Municípios) na adoção de um plano rigoroso de combate e, principalmente, de
prevenção e erradicação da violência de gênero no Brasil. Conforme ressaltou,
além de vitimar diariamente centenas de mulheres em todo o território nacional,
esse tipo de conduta criminosa ainda causa enormes prejuízos financeiros aos
cofres públicos, considerando que as vítimas ficam em média dezoito dias sob
licença médica, impactando em elevados dispêndios para os serviços de
atendimento que incluem a saúde, a segurança, a justiça e os órgãos de
assistência social.
Nilda Gondim citou reportagem da Rede Globo de Televisão
alertando para os altíssimos índices de violência contra a mulher no Brasil
(uma média de 505 agressões diárias) e defendeu a adoção de mecanismos
rigorosos que coíbam essa prática reiterada, especialmente através de medidas
que desestimulem os agressores a esse tipo de conduta criminosa. “A violência
doméstica compromete a mulher vítima de preconceito, de agressão, envolve a
família e todo o seu circunstancial, além de prejudicar a Nação, causando um
prejuízo humano, social e financeiro imensurável”, ressaltou.
Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado
Para a senadora paraibana, o Brasil necessita de um projeto
de segurança dotado de mecanismos eficientes para coibir a prática reiterada da
violência contra a mulher. Citando declaração do secretário-geral da
Organização das Nações Unidas, António Guterres, de que os governos devem fazer
da prevenção e reparação de atos de violência contra mulheres e meninas uma
parte fundamental de seus planos nacionais de resposta à Covid-19, Nilda Gondim
observou que, “numa situação normal, o problema da violência de gênero já é
grave”, e que “na situação atual de pandemia, o problema é aumentado e agravado
exponencialmente”.
Nilda Gondim recorreu ainda às declarações de António
Guterres para afirmar que “a violência de gênero é um problema que tem como uma
das bases principais a desigualdade das relações de poder entre os sexos e a
discriminação contra mulheres e meninas, realidade esta que é exacerbada por
conflitos, crises humanitárias, pobreza, tensões econômicas, e, ocasionalmente,
consumo nocivo de álcool e outras drogas” – Assessoria.
Carlos Magno
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