Ministros da área política estão tentando levar ao
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) uma opção para substituir Paulo Guedes,
como adiantou o colunista da GloboNews, Valdo Cruz. Eles avaliam que o titular
da Economia está muito enfraquecido e perdeu a credibilidade junto ao mercado.
Aí está a contradição, pois Paulo Guedes foi pressionado
justamente pela área política do governo Bolsonaro a ceder e permitir
alterações no teto de gasto para garantir o auxílio de R$ 400 que o presidente
prometeu.
Foto: Edu Andrade/Asscom-ME
Essa concessão – que ficou evidente na quarta-feira (20),
quando Guedes falou em "licença" para não cumprir o teto de gastos –
contribuiu para o desgaste do ministro da Economia junto ao mercado.
Desgaste que se somou ao causado pela dificuldade do
"posto Ipiranga" – como Bolsonaro costuma se referir ao seu ministro
da Economia – em cumprir as promessas que fez, como a privatização da estatais
e a adoção de uma política de não intervenção nos preços.
A ideia de ministros do entorno do presidente é apresentar a
Bolsonaro um nome forte que tenha apelo junto ao mercado e que possa trazer de
volta a credibilidade à equipe econômica.
Como o presidente resiste na saída de Paulo Guedes e Paulo
Guedes diz que não vai sair, eles acham que levando ao presidente uma opção com
boa interlocução no mercado, eles conseguem mais facilmente convencê-lo.
A dificuldade, no entanto, é encontrar alguém que aceite a
função de ministro da Economia em um momento em que a política tem falado mais
alto do que a economia, por conta da proximidade da eleição de 2022, e da
pressão por aumento de gasto.
Os ministros da área política já vinham em embate grande com
Guedes há meses, por conta das discussões sobre qual seria o valor do Auxílio
Brasil – nome que Bolsonaro quer dar ao substituto do Bolsa Família.
"Paulo Guedes está prometendo há 1 ano uma solução.
Estamos a 2 meses de acabar o ano, e ano que vem, por causa da eleição, não
podemos lançar um programa social novo", disse um ministro da área
política ao blog – Julia Duailibi/g1.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC,
ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido
- Assassinato de moradores de rua em
Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a
"Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de
Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de
banco na Paraíba receberá indenização
- Jovem forja a própria morte para saber
"quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir
desculpas