A Polícia Civil em Praia Grande, no litoral de São Paulo,
investiga uma denúncia de estupro coletivo contra uma jovem de 24 anos na
cidade. Segundo informado ao g1 no sábado (30), pelo menos cinco homens teriam
mantido relações sexuais com a vítima sem o consentimento dela. A jovem estava
embriagada no momento do crime.
Conforme explica a delegada titular da Delegacia de Defesa
da Mulher (DDM) de Praia Grande, Lyvia Bonella, o caso aconteceu há uma semana.
A jovem se encontrou com algumas pessoas em uma praia da cidade e saiu com elas
até uma adega, onde comprou diversas bebidas alcoólicas. Um dos homens que
estavam no local os chamou para irem à casa dele.
Hospital Irmã Dulce localiza-se em Praia Grande, no litoral de São Paulo — Foto: Divulgação
A vítima conheceu um rapaz e, já na residência, teria subido
para o andar superior para manter relações sexuais com ele, que não consumou o
ato. Entretanto, cinco homens teriam subido, entrado no quarto e estuprado a
vítima. "Ela já estava bem alcoolizada, não se lembra bem do que
aconteceu, mas tem flashes dizendo que os outros rapazes entraram lá, subiram e
praticaram relação sexual com ela, pelo menos cinco pessoas, sem o
consentimento", esclarece a delegada.
A jovem foi retirada do local por um dos rapazes - que não
consumou o ato -, e depois foi para o Hospital Municipal de Praia Grande, onde
recebeu os primeiros atendimentos. A polícia foi acionada para o registro de
boletim de ocorrência de estupro de vulnerável. O endereço e o bairro onde o
crime teria acontecido não foram divulgados pela Polícia Civil.
O caso foi registrado no plantão do 1º Distrito Policial da
cidade, e depois encaminhado para a DDM, que dá prosseguimento às
investigações. Segundo a delegada, os primeiros atendimentos confirmaram que a
jovem tinha mantido relações sexuais, e constatou hematomas no corpo da vítima.
Em depoimento, ela informou que não lembra muito do que
aconteceu, devido à embriaguez, porém, explicou que viu o momento em que mais
homens subiram e a violentaram. Policiais passaram a investigar e a levaram até
a casa onde o crime teria acontecido. A vítima reconheceu o local e viu um dos
suspeitos. A polícia procurou o homem, que foi ouvido, assim como outros
suspeitos de envolvimento.
De acordo com a delegada, a Polícia Civil ainda não sabe
exatamente quantos homens estavam envolvidos. Entretanto, sete foram
interrogados, e cinco confessaram que mantiveram relações sexuais com a vítima,
e que ela estava muito alcoolizada. Apesar de confirmarem, alegaram que a
relação foi consentida. A jovem reconheceu todos os cinco.
"Na defesa deles, eles falaram que ela consentiu, mas,
na verdade, se ela estava embriagada, ela não tinha condições de consentir. Ela
não se lembra muito bem do que aconteceu. Quando a vítima não tem capacidade de
consentir no ato sexual, ela se torna vulnerável", explica a autoridade
policial.
Nenhum dos suspeitos foi preso, por não ter sido um
flagrante, conforme a polícia. Segundo a delegada, o caso ainda segue sob
investigação. Por enquanto, a polícia ainda não tem imagens de câmeras de
monitoramento. A roupa da vítima foi encaminhada para o Instituto de
Criminalística (IC), e ela fez exames no Instituto Médico Legal (IML). Ambos
vão contribuir para a apuração.
"O caso, como ela estava sem capacidade de consentir,
foi registrado como estupro de vulnerável. Mas, isso pode ser alterado para um estupro
coletivo, porque agora nós estamos apurando que várias pessoas participaram do
ato, estupraram a moça no mesmo contexto", destaca a delegada – g1.
Carlos Magno
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