O presidente Jair Bolsonaro editou um decreto liberando voos
na classe executiva para ministros do governo federal em viagens a trabalho.
O decreto prevê que a passagem aérea poderá ser emitida na
classe executiva quando a duração do voo internacional for superior a sete
horas. A regra vale para:
- ministros de Estado
- servidores ocupantes de cargo em comissão ou de função de
confiança de nível
- servidores que estejam substituindo ou representando
autoridades
Foto: Divulgação/PR
O governo, ao justificar o decreto, disse que o objetivo é
"mitigar o risco de restrições físicas e de impactos em saúde dos agentes
públicos". Afirmou ainda que o voo na classe executiva atenua
"eventuais efeitos colaterais em face de déficit de ergonomia" que os
ministros e servidores encontrariam na classe econômica.
Ainda segundo o governo, a medida evita que as autoridades
tenham "suas capacidades laborativas afetadas".
O decreto de Bolsonaro vai na contramão de um decreto
assinado pelo ex-presidente Michel Temer, em 2018. Na ocasião, Temer determinou
que passagem aéra para ministros e servidores deveriam ser compradas sempre na
classe econômica. E que, se a autoridade quisesse ir para a classe executiva,
deveria pagar a diferença do próprio bolso – g1.
Carlos Magno
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