O deputado federal e pré-candidato a Senador Efraim Filho
(União Brasil) não é mais aliado do governador João Azevêdo (PSB). Em
entrevista nesta segunda-feira (28), ele detalhou os motivos que o levaram a se
afastar de João e seguir outro rumo político. Segundo Efraim, o governador tem dificuldade
do governador de dialogar com os aliados.
“Em uma semana eu conversei mais com Pedro (Cunha Lima) do
que tive a oportunidade de conversar com João Azevêdo durante todo o ano”,
afirmou Efraim, ao adiantar que já está em conversações com o pré-candidato Pedro
Cunha Lima, para, juntos, formarem uma chapa para as eleições deste ano.
Foto: Reprodução/Instagram
Segundo Efraim, “de zero a dez, hoje a chance de composição
com Pedro Cunha Lima seria dez. Nós do União Brasil estamos definindo neste
sentido”. Ele afirmou que a aproximação com Pedro foi “um movimento muito de
diálogo com a base”.
Efraim disse que sua pré-candidatura ao Senado não foi levada
a sério por João Azevêdo e que um dos problemas do governador é que ele não
toma a iniciativa de decidir, deixando os problemas com os aliados se
agudizarem, até chegar ao ponto de uma ruptura, trazendo prejuízos e perdas
para a sua pré-campanha, como ocorreu, por exemplo, na sua relação com o
senador Veneziano Vital do Rêgo, que se afastou do governador por falta de
diálogo e por João ter priorizado seus adversários em Campina Grande, o
deixando em segundo plano.
“Pode ter alguém que não levou a serio, que não acreditasse
(na sua pré-candidatura). Tem gene que faz política querendo definir tudo aos
45 do segundo tempo, já na prorrogação”, afirmou.
Ele revelou mágoas com João Azevêdo por não ter priorizado
os aliados que o ajudaram a se eleger governador, como é o caso de Veneziano e
o seu próprio, já que Veneziano foi trocado pelos adversários do emedebista em
Campina Grande e ele, Efraim, por Agnaldo, que na eleição de 2018 não votou e
não apoiou a candidatura a governador de João Azevêdo.
“Entregamos ao governo lealdade, compromisso e votos neste período
em que estivemos juntos e, em troca, recebemos indecisão. A partir de então
vimos que os caminhos que nos levam à vitória não passam por João Azevêdo. Se dependesse
de Agnaldo, João Azevêdo nem governador seria”.
Carlos Magno
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