“A realidade vivida hoje por cerca de 900 mil indígenas das
305 etnias do Brasil é absurdamente cruel. Invasões violentas, paralisação das
demarcações, contaminação de suas terras e águas pelo mercúrio dos garimpeiros
e abandono na agonia da pandemia. Esse é o cenário que expõe atualmente o
indígena ao genocídio”, afirmou a senadora Nilda Gondim (MDB-PB) em postagem
nas suas mídias sociais.
Enfatizando que a garantia da integridade das terras
indígenas significa a garantia da integridade de todos os brasileiros, Nilda
Gondim disse que esse entendimento deve prosperar neste 19 de abril (‘um Dia do
Índio tragicamente marcado pelos ataques do garimpo, incentivado por uma
política genocida oficial’), e em todos os demais dias do ano, refletindo-se
nos corações da pluralidade dos brasileiros, para que o Brasil comece, enfim, a
pagar o débito histórico com o indígena – ‘uma conta com cinco séculos de
atraso’.
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Apoio irrestrito
A defesa da Família Vital do Rêgo à causa indígena também
foi enfatizada pelo vice-presidente do Senado Federal e pré-candidato a
governador da Paraíba, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).
Ao participar, no dia 12 de abril, em Brasília, juntamente
com o pré-candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
da 18ª Edição do Acampamento Terra Livre, coordenado pela Articulação dos Povos
Indígenas do Brasil (Apib), Veneziano reafirmou sua disposição de sempre
contribuir para a defesa dos povos indígenas em todo o Brasil, e especialmente
na Paraíba, onde há uma comunidade importante e representativa formada por
aproximadamente 16 mil indígenas das tribos Potiguara e Tabajara, representando
0.43% do total da população do Estado.
Confira a íntegra da
postagem da senadora Nilda Gondim
“Existe um Brasil que
realmente acredita que é um gesto de generosidade apoiar a causa indígena. Quem
assim pensa está profundamente errado.
Mais de 500 anos
depois, a dívida do País só aumenta com os povos indígenas.
Eles – e somente eles
– estão conseguindo atrasar o relógio do apocalipse biológico.
Enquanto os
brasileiros ‘civilizados’ destruíram mais de 69 milhões de hectares nos últimos
trinta e cinco anos, as terras indígenas foram as mais preservadas.
Imagens de satélites e
inteligência artificial, operadas pela organização MapBiomas, mostram que entre
1985 e 2020 apenas 1,6% dos territórios demarcados sofreram danos ambientais.
Isto significa, em
larga medida, que garantir a integridade das terras indígenas é garantir nossa
própria integridade. E é esse entendimento que deve prosperar durante todos os
dias do ano, especialmente neste 19 de abril – um Dia do Índio tragicamente
marcado pelos ataques do garimpo, incentivado por uma política genocida
oficial.
Nunca, desde a chegada
dos ‘descobridores’, os indígenas foram tão massacrados.
A realidade vivida
hoje por cerca de 900 mil indígenas das 305 etnias do Brasil é absurdamente
cruel.
Invasões violentas.
Paralisação das demarcações. Contaminação de suas terras e águas pelo mercúrio
dos garimpeiros. E abandono na agonia da pandemia.
Esse é o cenário que
expõe atualmente o indígena ao genocídio – crimes que chegaram ao Tribunal de
Haia. E precisam chegar também aos corações da pluralidade dos brasileiros,
para que a gente comece, enfim, a pagar o débito histórico com o indígena.
Uma conta com cinco
séculos de atraso.” – Assessoria.
Carlos Magno
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