Mais uma mulher foi vítima de tentativa de feminicídio,
nesta segunda-feira (23/5), em Belo Horizonte. A advogada de 40 anos foi
esfaqueada pelo ex-companheiro que não aceitava o fim do relacionamento. O
crime aconteceu no Bairro Gutierrez, Região Oeste da capital, nesta manhã.
A mulher foi levada para o Hospital Pronto-Socorro João
XXIII e, segundo uma pessoa próxima, ela não corre risco de morte. Apesar de
ter levado 11 facadas, as perfurações foram superficiais. A vítima está em
observação e se recuperando bem. O autor das facadas, o engenheiro Bruno da
Costa Val Fonseca, de 33 anos, foi preso no fim da manhã pela Polícia Militar
na casa de uma tia, na região Leste de BH.
Foto: Divulgação/PCMG
Invasão do
apartamento e ataque na frente dos filhos
De acordo com informações da Polícia Militar, a mulher foi
atacada pelo ex-companheiro quando saia do apartamento em que morava com os
filhos. O homem tinha invadido o imóvel no domingo (22/5). Segundo um boletim
de ocorrência registrado pela advogada, o ex-companheiro arrombou a porta do
apartamento dizendo que iria matá-la. Com medo, ela se escondeu no banheiro com
os dois filhos, de 7 e 10 anos, e ligou para a polícia.
Após a invasão, a advogada decidiu sair do apartamento junto
com os filhos na manhã de hoje. Ao entrar em um carro de aplicativo, ela foi
atacada pelo engenheiro. O homem chegou a arrastar a vítima pela calçada para
tentar matá-la.
O crime foi presenciado pelos filhos da advogada. As
crianças estão sob os cuidados do ex-marido da vítima e em estado de choque.
Relacionamento
conturbado
De acordo com uma pessoa próxima à advogada, o
relacionamento entre o casal terminou em novembro, após uma agressão do
engenheiro. Os dois mantiveram um relacionamento de mais de dois anos e
chegaram a viver juntos. Segundo essa pessoa, o comportamento do homem era
agressivo e possessivo e "ele era ciumento e sem controle".
Os dois trabalham em uma empresa de engenharia e conservação
predial em Belo Horizonte e, o ex-companheiro, teria enviado fotos dela nua
para os colegas de trabalho.
Não se arrependeu do
crime
Em entrevista coletiva, na tarde de hoje, a delegada
Pollyane Aguiar disse que o engenheiro preferiu ficar em silêncio no depoimento
em cartório. Mas, em conversa preliminar com a delegada, ele confessou o crime
e não demonstrou estar arrependido.
O suspeito alegou ter bipolaridade e disse ter cometido o
crime após perder o emprego. Ele confirmou que é usuário de drogas, afirmou que
a medida protetiva contra ele foi suspensa e que a advogada o teria traído.
Apesar de dizer que tem laudos que comprovem o transtorno, a
delegada afirmou que ele não apresentou esses documentos – EM.
Carlos Magno
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