Foto: Reprodução/Youtube
Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) deve confessar às autoridades que participou da transação das
joias arábicas nos Estados Unidos e que realizou uma transferência em dinheiro
para o ex-presidente.
A informação de que Cid confessará foram concedidas à Veja
pelo advogado criminalista Cezar Bitencourt, que representa o militar. A
estratégia de defesa será a de apresentar a subordinação militar presente nas
ordens.
"A relação de subordinação na iniciativa privada é uma
coisa. O funcionário pode cumprir ou não. No funcionalismo público, é
diferente. Em se tratando de um militar, essa subordinação é muito maior”,
explica o advogado à revista.
Segundo o portal, a ideia de transferir o dinheiro por meio
de uma conta do pai de Cid, general Mauro Lourena, teria vindo do filho e o
montante seria apossado por Bolsonaro. Bitencourt diz que a atualização pode
contradizer versões já apresentadas por Jair no caso e que “a questão é que
isso pode ser caracterizado também como contrabando. Tem a internalização do
dinheiro e crime contra o sistema financeiro”. Em uma ressalva, o advogado
completa:
“Mas o dinheiro era do Bolsonaro”.
Entenda o Caso
A Polícia Federal investiga possíveis irregulariedades e
transações envolvendo conjuntos de joias valiosas recebidas pelo ex-presidente
Jair Bolsonaro de autoridades da Arábia Saudita. Os kits de acessórios foram
recolhidos pelos agentes em ocasiões separadas. Alguns dos supostos presentes
foram vendidos em território dos EUA, segundo o comprador Wassef, que
previamente havia negado a participação de Bolsonaro na troca – EM.
Carlos Magno
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