
Foto: Reprodução/Instagram
A deputada estadual Bella Gonçalves (Psol) fez um boletim de
ocorrência na Polícia Legislativa de Minas Gerais na última quinta-feira
(17/8), denunciado duas ameaças de morte e "estupro corretivo".
No dia 8 de agosto a parlamentar recebeu um e-mail que
afirmava que, por ser lésbica, sua atuação política no Legislativo não seria
aceita por quem enviou a ameaça.
“Seremos breves: você é lésbica e por isso sua presença na
Câmara de Vereadores de nossa Belo Horizonte capital das Minas Gerais não será
mais tolerada”, estaria escrito na mensagem. Posteriormente, eles pediram para
que ela renunciasse e saísse do estado.
Outro e-mail foi enviado nessa segunda-feira (14/8)
ameaçando violência sexual contra a psolista como forma de "cura
lésbica".
Na mensagem, enviada no início do mês, também foram citadas
a vereadora de Belo Horizonte, Cida Falabella (Psol), e as deputadas federais
Dandara Tonanzin (PT-MG) e Duda Salabert (PDT-MG). Já a segunda também foi
enviada a Falabella e à vereadora Iza Lourença (Psol).
As ameaças vieram acompanhadas de exaltação ao Coronel
Brilhante Ustra, que foi condenado pela Justiça por torturar pessoas na época
da ditadura cívico-militar brasileira; e assinadas pelo Comando de Caça aos
Comunistas de Minas Gerais (CCC-MG), em referência à organização paramilitar
criada nos anos 60 até 80, conhecida por contar com torturadores no período.
O slogan "Deus, Pátria e Família", usado pelo
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também foi usado na mensagem.
Bella Gonçalves afirmou que vai seguir com suas funções na
Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
“Não existe qualquer possibilidade de recuo da nossa parte
diante dessas ameaças, que atentam não só contra mim, mas contra a democracia e
o direito à diversidade, a existir, a viver. Nosso mandato vai seguir sendo um
dos mais combativos da Assembleia de Minas, levantando nossas bandeiras com
orgulho e muita determinação de luta”, afirmou, por meio de nota.
Andréia de Jesus
Nos últimos anos, a deputada estadual Andréia de Jesus
(PT-MG) chegou a receber duas ameaças de morte contra ela.
Uma das mensagens, enviada em setembro de 2022, assinado
também pelo CCC-MG detalhava como a petista seria morta e ainda fizeram referência
à vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), assassinada em março de
2018 – EM.
Carlos Magno
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