
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou nesta
terça-feira (17) três ações na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro era acusado
de abuso poder político durante a campanha eleitoral de 2022.
No terceiro processo, as coligações do PT e PSOL
questionaram a realização de uma reunião de Bolsonaro com governadores e
cantores sertanejos, entre os dias 3 e 6 de outubro, para anunciar apoio
político para a disputa do segundo turno do pleito. Por maioria de votos, o
tribunal entendeu que, apesar da conduta eleitoreira, a reunião não foi
suficiente para caracterizar abuso de poder político.
Na sessão realizada na noite de hoje, o TSE também absolveu
Bolsonaro em mais duas ações que tratam de lives realizadas durante as
eleições.
O segundo processo julgado tratava de uma live realizada no
dia 21 de agosto de 2022, dentro da biblioteca do Palácio da Alvorada, para
apresentar propostas eleitorais e pedir votos a candidatos apoiados por
Bolsonaro. A maioria dos ministros entendeu que, apesar da realização da live,
a conduta do ex-presidente não teve gravidade suficiente para configurar abuso
de poder político, porque uma liminar do TSE impediu a realização de novas
transmissões nos mesmos moldes. O general Braga Netto, vice na chapa da
Bolsonaro, também foi absolvido.
A Corte Eleitoral também absolveu Bolsonaro ao julgar a
primeira ação contra o ex-presidente.
Durante o julgamento de hoje, os ministros começaram a
discutir a liberação para que candidatos à reeleição nas eleições municipais de
2024 possam usar a estrutura das residências oficiais para transmissões, mas
com regras, como fundo da live neutro, sem emprego de recursos e servidores
públicos. Contudo, não houve consenso, e a discussão será retomada na sessão de
quinta-feira (19).
Em junho, o ex-presidente foi condenado pela Corte Eleitoral
à inelegibilidade por oito anos por abuso de poder político e uso indevido dos
meios de comunicação. Bolsonaro protagonizou uma reunião com embaixadores, em
julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, onde atacou o sistema eletrônico
de votação. O general Braga Netto foi absolvido no julgamento por não ter
participado do encontro, mas também é alvo do novo julgamento.
Defesa
Na semana passada, no início do julgamento, o advogado
Tarcísio Vieira de Carvalho, representante de Bolsonaro, questionou a
legalidade da análise conjunta das três ações e afirmou que a medida prejudica
a defesa.
Sobre a realização das lives, o advogado afirmou que não foi
usada a estrutura estatal. Segundo o defensor, as transmissões foram feitas por
meio das redes privadas de Bolsonaro – André Richter/Carolina Pimentel –
Agência Brasil.
Carlos Magno
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