
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse neste sábado (3)
que o governo estuda ampliar a oferta de vacinas contra a dengue no país. A
informação foi repassada durante a abertura do Centro de Operações de
Emergências (COE) contra a dengue, em Brasília. Segundo a ministra, foram
realizadas reuniões com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantã para tratar do tema.
“Todo o nosso esforço será para ampliar essa oferta [de
vacinas]”, disse a ministra.
O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante
no sistema de saúde pública. A primeira remessa com cerca de 757 mil doses
chegou ao Brasil em 20 de janeiro. O lote faz parte de um total de 1,32 milhão
de doses fornecidas pela farmacêutica responsável pela Qdenga. Outra remessa,
com mais de 568 mil doses, está com entrega prevista para fevereiro. A previsão
é que o país receba 5,2 milhões de doses este ano. Inicialmente, a vacina será
aplicada na população de regiões endêmicas, em 521 municípios. Para 2025, a
pasta já contratou outras 9 milhões de doses.
Mesmo com a ampliação, a ministra destacou que a oferta do
imunizante não trará impactos imediatos para o combate à doença.
“Elas [as vacinas] significam muito, até porque adquirimos
vacinas para 2024 e 2025 e todo o nosso esforço será para ampliar essa oferta,
mas não vai ter um impacto nesse intervalo inicial de poucos meses”, apontou.
Centro de emergência
O Ministério da Saúde informou que o COE vai ampliar o
monitoramento da situação da dengue no país, para orientar ações voltadas à
vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e de controle de vetores.
A estrutura, em coordenação com estados e municípios, vai realizar coleta e
análise de dados, produção de relatórios e divulgação de informações por meio
de boletins e informes epidemiológicos.
Dados do painel de atualização de casos de arboviroses da
pasta mostram que, de janeiro até agora, o Brasil registrou 243.721 casos
prováveis de dengue. A doença já causou pelo menos 29 mortes confirmadas,
outras 170 estão em investigação
Epidemia local
Durante a cerimônia, Nísia frisou que a situação da dengue é
mais preocupante neste momento em alguns municípios do Acre, no Distrito
Federal, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e também no Paraná.
“Agora, temos concentração nas regiões Sudeste, Centro-Oeste
e Sul, mas isso não caracteriza um quadro de emergência nacional, quadro de
epidemia nacional, mas de epidemia a nível local", afirmou.
O período de chuvas e as altas temperaturas no Brasil são o
ambiente propício para o aumento de arboviroses, como a dengue.
Prevenção
O Ministério da Saúde reforça que a principal medida é a
eliminação dos criadouros do mosquito. E destaca a importância de a população
receber os agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde, que
vão ajudar a encontrar e eliminar possíveis criadouros.
“Os sintomas de dengue, chikungunya ou zika são semelhantes.
Eles incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no
corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e
coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores
abdominais”, explica.
A orientação é procurar o serviço de saúde mais próximo de
casa assim que surgirem os primeiros sintomas.
Luciano Nascimento/Carolina Pimentel – Agência Brasil
Carlos Magno
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