A Polícia Civil de Campinas (SP) está à procura de uma
mulher que esteve com o atirador da Catedral minutos antes do ataque que
terminou com cinco pessoas mortas no dia 11 de dezembro. De acordo com o
delegado Hamilton Caviola Filho, do 1º Distrito Policial (DP), essa pessoa
teria conversado com Euler Fernando Grandolpho dez minutos antes do tiroteio.
Os investigadores identificaram a testemunha graças ao cartão
de visita encontrado na mochila que o atirador carregava no dia do crime. O
papel remete a uma das barracas do camelódromo, a poucos metros da Catedral, e,
de acordo com o delegado, ela prestava um serviço a Euler, sem detalhar qual
seria.
As oitivas com testemunhas e familiares de Euler começaram
nesta segunda (17). A pedido do advogado da família, o pai e a irmã do atirador
foram ouvidos formalmente no 5º DP.
Segundo Caviola, as informações fornecidas pelos parentes do
atirador não acrescentaram em nada o que os investigadores já sabiam de Euler.
"Os depoimentos corroboraram o que já tínhamos levantado, entre eles o
fato de que o Euler teria ficado mais transtornado após a morte da mãe",
disse.
De acordo com o delegado do 1º DP, a Polícia Civil trabalha
para esclarecer dois pontos: se Euler agiu sozinho, e qual a origem das armas
que ele carregava. "Nós já temos vários indícios que comprovam que ele
estava sozinho, tanto pelas anotações, prova testemunhal. Estamos tentando
refazer o trajeto dele com imagens", explicou Caviola.
Hamilton Caviola explicou que o cronograma de trabalho da
Polícia Civil inclui a oitivas de vítimas que sobreviveram ao ataque, dos
policiais militares que participaram da ocorrência e de representantes da
Catedral. Além disso, o Instituto de Criminalística (IC) ainda elabora laudos
periciais do caso.
Relembre o ataque
Euler Fernando Grandolpho entrou na Catedral Metropolitana,
abriu fogo contra fiéis no encerramento da missa, matou cinco pessoas e em
seguida cometeu suicídio, no dia 11 de dezembro. Outras três ficaram feridas.
Entre as vítimas fatais, quatro tiveram o óbito constatado
no local. Heleno Severo Alves, de 84 anos, ficou 24 horas internado no Hospital
Mário Gatti, onde passou por cirurgia, mas não resistiu e morreu no dia
seguinte.
Segundo a polícia, o atirador fez tratamento contra
depressão e a família temia que ele cometesse suicídio. Ele não tinha
antecedentes criminais, estudou publicidade e propaganda e foi assistente de
promotoria no Ministério Público de São Paulo onde, segundo o órgão,
exonerou-se em 2014.
Entre as hipóteses apuradas para explicar o crime estão o
fato de Euler ter tido uma espécie de surto psicótico em decorrência de
depressão. Segundo parentes e testemunhas que conviviam com ele, o atirador
tinha mania de perseguição, chegando a denunciar vizinhos à polícia que supostamente
o estariam seguindo – G1.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar
pum pode prevenir câncer, AVC, ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo
de universidade do Reino Unido
-
Assassinato de moradores de rua em Campina Grande-PB gera comoção: radialista
faz artigo em homenagem a "Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de
Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de
20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização
-
Jovem forja a própria morte para saber "quais pessoas se importariam com
sua ausência" e vem a público pedir desculpas