Policiais civis e militares deflagraram a operação “Chacal”
e desarticularam uma quadrilha que atuava na região do Vale do Mamanguape, no
interior da Paraíba, praticando crimes de homicídios, tráfico de drogas e
assaltos. Foram cumpridos mandados de prisão contra 12 suspeitos de integrarem
o grupo. Entre os presos, há um deficiente físico que, segundo as
investigações, atuava como agenciador de pistoleiros.
Os detalhes da operação foram repassados durante uma
entrevista coletiva, na Central de Polícia, que contou com a presença de
autoridades policiais, como o delegado geral da Polícia Civil, João Alves, e o
secretário de Estado da Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima.
Os mandados foram cumpridos nas cidades de Mataraca, Pedro
Régis, Mamanguape, Jacaraú e João Pessoa. Dos 12 mandados de prisão que foram
cumpridos, oito foram contra pessoas que se encontravam em liberdade e quatro
foram em desfavor de detentos que já cumpriam penas por outros delitos nos
presídios Flósculo da Nóbrega, Sílvio Porto e Romeu Abrantes – PB-1 (todos
situados em João Pessoa) e na Cadeia Pública de Jacaraú.
De acordo com o delegado Walter Brandão, titular da 7ª
Delegacia Secccional de Mamanguape, as investigações começaram há cerca de três
meses. Ele informou que o grupo que agia na região era considerado de alta
periculosidade, responsável por assaltos, tráfico de drogas, porte ilegal de
armas e homicídios com requintes de crueldade ocorridos na região do Vale do
Mamanguape. Ele acrescentou que o cadeirante conhecido como Paulo Henrique foi
encontrado pelos policiais com cinco armas de fogo e era considerado uma peça
importante na atuação da quadrilha.
“Ele [Paulo] estava em regime semiaberto respondendo um processo por prática de
assalto e fornecia os armamentos para serem usados na prática de roubos e
homicídios na região. Ainda tinha a função de levar pessoas para traficar na
cidade Pedro Régis e já estava arregimentando pessoas para formarem um grupo de
pistoleiros”, declarou Walter Brandão.
Ainda de acordo com o delegado, o líder da quadrilha foi
apontado como sendo Irenildo Cassiano, que já se encontra recolhido no Presidio
PB-1 há dois anos por tráfico de drogas.
Contra ele, a Justiça expediu novo mandado de prisão, que foi cumprido
na manhã desta quinta. Segundo o delegado, mesmo preso, Irenildo comandava o grupo
criminoso, inclusive dando ordens de execução contra inimigos.
“Todos os presos passarão por interrogatório e serão
apresentados em audiência de custódia. Os mandados são de prisão temporária com
duração de 30 dias. Iremos analisar as provas coletadas para representarmos
pelas prisões preventivas, quando não há prazo determinado para ser encerrada”,
detalhou Brandão.
Os suspeitos que estavam soltos e que foram presos na manhã
desta quinta foram: Severino Ferreira
Neves (Silvinho), Alexandro Rodrigues da Silva, José Jeverson Martins do Nascimento,
Thiago André de Lima Rocha, Francisco Maycon de Jesus Costa, Igor Bessa Silva,
José Antônio Filho (Fabinho) e David
Anderson Souza dos Santos.
Além das prisões realizadas, as equipes policiais
conseguiram recuperar dois veículos que roubados pelos criminosos e apreenderam
entorpecentes e seis armas de fogo. Ao todo, foram expedidos 15 mandados de
prisão. “Iremos continuar com nosso trabalho para prender os outros três
suspeitos que tiveram suas prisões decretadas pela Justiça”, disse o delegado.
Ação Integrada
Para o secretário Cláudio Lima, a operação foi extremamente
importante para a população da região de Mamanguape. “Conseguimos prender 12
pessoas numa operação importante que combate grupos criminosos que atuam tanto
em homicídios quanto em assaltos. Temos um trabalho integrado naquela região
entre as Polícias Civil e Militar, que vem apresentando resultados para a
população”, observou Lima.
O capitão Jailton dos Santos Silva, subcomandante da 2º
Companhia Independente da Polícia Militar, situada na região da Mamanguape,
também participou da entrevista coletiva
e destacou a importância da integração com a Polícia Civil no resultado
da operação. “Essa ação é resultado de um trabalho integrado entre a Polícia
Militar e a Polícia Civil. Esse trabalho começou com investigações da Polícia
Civil e passamos atuar de forma integrada
para prender essa quadrilha que já vinha, há vários meses, aterrorizando
a população da região de Mamanguape”, afirmou – Secom-PB.
Carlos Magno
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