Prestes a completar cinco anos, a Operação Lava Jato está
"longe do fim", segundo o novo superintendente da Polícia Federal no
Paraná, Luciano Flores de Lima. Em cerimônia de posse nesta segunda (4), o
delegado afirmou que "outras operações estão no forno" e que há
"boas fases por vir".
A expectativa, entre os investigadores, é que este ano seja
tão movimentado quanto 2016, quando foram realizadas 16 fases. Inquéritos que
investigam agentes políticos que não se reelegeram e perderam o foro
privilegiado, por exemplo, devem descer à primeira instância – e podem ser
alvos de novas operações e denúncias.
Flores atuou na Lava Jato entre 2014 e 2016, e foi
responsável pelo interrogatório do ex-presidente Lula durante sua condução
coercitiva. Ele atribuiu à investigação o papel de "passar a limpo a
história [do Brasil]". "A sensação de impunidade está dando lugar à
sensação de punidade", disse.
O cargo foi transmitido pelo atual diretor-geral da PF,
Maurício Leite Valeixo -que não falou com a imprensa. Valeixo trabalhou por 12
anos no Paraná, e foi superintendente no estado por pouco mais de um ano.
Junto com Valeixo, muitos dos membros da força-tarefa
original da Lava Jato assumiram posições de comando na PF em Brasília.
O ex-coordenador da Lava Jato, delegado Igor Romário de
Paula, é o diretor da Dicor (Diretoria de Investigação e Combate ao Crime
Organizado). O delegado Márcio Anselmo, considerado um dos pais da operação,
lidera a coordenação-geral de repressão à corrupção desde o ano passado.
Já o perito Fábio Salvador, que chefiou por anos a perícia
da PF no Paraná, assumiu recentemente a Diretoria Técnico-Científica, em
Brasília.
Também participam da gestão a delegada Erika Marena, que
chefia o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica
Internacional), e o ex-superintendente da PF no Paraná Rosalvo Ferreira Franco,
responsável pela secretaria de Operações Policiais Integradas – com informações
da Folhapress.
Carlos Magno
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