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28/02/2019

Polícia Federal prende três funcionários dos Correios suspeitos de desviar encomendas e não descarta outras prisões


A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira (28), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, três funcionários dos Correios. Eles são suspeitos de desviar encomendas internacionais.

 

Eles foram presos dentro do Centro Internacional de Curitiba (Ceint) dos Correios, durante o expediente, no começo desta manhã. Dos três investigados, dois são funcionários efetivos da empresa e um é terceirizado.

 

Além dos três mandados de prisão temporária em Pinhais, os policiais também cumpriram quatro mandados de busca e apreensão - três em Curitiba e um em Pinhais.



 

A PF não descarta outras prisões com a continuidade das investigações. Ao todo, seis pessoas são investigadas pelo esquema. A prisão das outras três pessoas chegou a ser pedida pela polícia, mas não foi autorizada pela polícia. O motivo não foi informado.

 

Os suspeitos trabalhavam no setor de triagem de objetos internacionais. Conforme a PF, eles agiam de forma dissimulada e rompiam encomendas internacionais, apropriando-se, assim, do conteúdo delas.

 

Ainda de acordo com a polícia, a atuação do grupo era constante e verificou-se que os presos ficavam com diversos objetos, inclusive drogas sintéticas que eram ilegalmente enviadas para o Brasil.

 

"O líder do grupo possuía treinamento de raio-X. Ele era o responsável, antigamente, por encontrar as drogas. Só que ele saiu do setor e trabalhava no de triagem, fazendo o caminho inverso, pegando as drogas para ele mesmo", disse o delegado da PF Rodrigo da Silva.

 

Ainda conforme o delegado, o preso apontado como chefe do grupo cheirava envelopes para detectar a presença ou não de drogas. "Daí, ele pegava e passava para outros funcionários dos Correios", afirmou.

 

Além de ecstasy, os policiais também apreenderam cédulas de dinheiro estrangeiro, anabolizantes, moedas, selos e outros objetos.

 

Os presos podem ser indiciados pelos crimes de associação criminosa e peculato, além de tráfico de drogas internacional, contrabando e outros crimes.

 

O delegado descartou a relação entre a demora nas entregas com o esquema investigado nessa operação.

 

O que dizem os Correios

 

Em nota, os Correios disseram que "detectaram a atividade suspeita dos empregados e imediatamente acionaram a Polícia Federal, que iniciou as investigações e realizou as prisões".

 

Afirmaram, ainda, que "os empregados terceirizados serão desligados e os concursados serão submetidos a processos administrativos disciplinares, que podem culminar em demissão".

 

A empresa destacou também que "a conduta dos detidos não condiz com as normas da instituição e não reflete o comportamento do seu quadro de pessoal" – G1.

 

Carlos Magno

 

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