A força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro
denunciou o ex-presidente Michel Temer (MDB), o ex-ministro de Minas e Energia
e ex-governador Moreira Franco (MDB) e mais sete pessoas, acusadas dos crimes
de corrupção passiva, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro.
A acusação do Ministério Público Federal (MPF) está baseada
nos fatos relacionados à Operação Descontaminação, que resultou na prisão dos
dois emedebistas na semana passada. A investigação trata das suspeitas de um
esquema de desvios nas obras da usina de Angra 3, realizadas pela
Eletronuclear.
Em delação premiada, o empresário José Antunes Sobrinho,
dono da empreiteira Engevix, afirmou ter pago 1,1 milhão de reais de propina ao
ex-presidente através do policial reformado João Baptista Lima Filho, o Coronel
Lima, em troca de obter o contrato para a realização do empreendimento.
Os valores teriam sido repassados através da Argeplan,
empresa ligada a Lima e integrante do consórcio liderado pela Engevix. Após a
prisão, o advogado Eduardo Carnelós, que defende Michel Temer, afirmou que o
delator “nada apresentou que pudesse autorizar a ingerência de Temer naqueles
fatos”.
Temer e Moreira Franco estão em liberdade desde
segunda-feira, quando o desembargador Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal
da 2ª Região (TRF2), concedeu o habeas corpus. A denúncia agora será
direcionada ao juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio,
a quem cabe decidir se os emedebistas se tornarão ou não réus no caso.
Réu
Na quinta-feira 28, o juiz Rodrigo Parente Paiva, da 15ª
Vara Federal do Distrito Federal, tornou Temer réu por outra acusação de
corrupção passiva. Ele havia sido denunciado pelo ex-procurador-geral da
República Rodrigo Janot por ter recebido 500.000 reais do empresário Joesley
Batista, do grupo J&F, para a concessão de benefícios indevidos à empresa –
Veja.
Carlos Magno
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