Deputados trocaram empurrões e discutiram no plenário da
Câmara nesta quarta-feira, 24, após acusações de que parlamentares que votaram
pela aprovação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) da Casa, nesta terça-feira, 23, receberão 40 milhões de reais em emendas
parlamentares do governo do presidente Jair Bolsonaro. A informação foi
publicada hoje pelo jornal Folha de S. Paulo.
Os bate-bocas começaram quando o deputado João Daniel
(PT-SE) assumiu o microfone do plenário e citou a reportagem, dizendo que “para
aprovar reforma da Previdência na CCJ é 40 milhões de reais para cada
parlamentar”. “Esse é o preço que Bolsonaro e Paulo Guedes estão pagando, está
nos jornais no dia de hoje, não adianta gritar”, declarou o petista, enquanto
era interrompido por José Medeiros (PODE-MT), que o chamava de “safado” e o
acusava de mentir.
Depois das falas na tribuna dos deputados Zeca Dirceu (PT-PR)
e Vicentinho Júnior (PR-TO), que sucederam a João Daniel e não tocaram no
assunto das emendas parlamentares, o deputado Daniel Freitas (PSL-SC) voltou ao
tema, dizendo que não poderia ouvir as acusações do petista sergipano sem
respondê-lo.
“O senhor vai ter que provar isso, o senhor traz uma
denúncia vazia a esse respeitado plenário de que deputados, colegas seus,
parlamentares, recebem dinheiro em favor de voto na CCJ… O senhor vai ser
levado ao conselho de ética dessa Casa porque não é admissível que um deputado
traga mentiras a esse plenário. A não ser que ele esteja acostumado com mentira
desse governo corrupto do PT. O governo Bolsonaro não trabalha assim”, disse
Freitas no microfone do plenário.
Em seguida, a palavra foi passada a Aliel Machado (PSB-PR),
da oposição, que acusou o governo de “comprar” parlamentares com emendas e
cargos. “O governo ofertou 40 milhões para comprar votos, o governo está
ofertando cargos, o governo está acertando os deputados”, disse o pessebista,
interrompido por José Medeiros, aos gritos, chamando-o de “vagabundo”. “Isso
aqui você não vai fazer aqui não rapaz, não nos meça pela sua régua rapaz, não
nos meça pela sua régua”, berrou Medeiros, que se aproximou e tentou pegar o
microfone de Machado. Os dois trocaram alguns empurrões, gritando, enquanto
outros deputados intervieram para separá-los.
A presidente em exercício da sessão, Geovania de Sá
(PSDB-SC), disse em seguida que os parlamentares faltaram com respeito e negou
suspender a sessão. “Querem agitar, agitem onde quiserem, não nesse plenário”,
advertiu – Veja.
Carlos Magno
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