Um policial fardado foi preso após agredir uma mulher e
deixá-la nua no meio da rua, em Brasília. O rapaz, que é 3º sargento da PM, foi
identificado como Evaldo Barreto Ferreira, de 45 anos. A vítima era sua
companheira, também 3ª sargento da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal).
As agressões aconteceram próximo a Praça do Bicalho, em
Taguatinga Norte. Segundo a polícia, a PMDF foi chamada para atender uma
ocorrência de violência doméstica.
Segundo informações do G1, em depoimento, a policial contou
que Barreto Ferreira começou a agredi-la com murros e afirmou que os dois têm
um relacionamento desde setembro de 2018.
“Ele dizia que eu era vadia. E que eu era o demônio. Que se
eu quisesse morrer, ele me mataria”, diz ela.
Depois de prestar depoimento, Barreto Ferreira pagou uma
fiança de R$ 2 mil e foi liberado. “Apenas imobilizou sua esposa, após ser
agredido”, diz boletim de ocorrência. Ele vai responder por injúria, lesão
corporal, dano e Lei Maria da Penha.
Segundo a PM, o agressor teve sua arma de fogo apreendida e
foi levado para a Corregedoria, onde serão feitas “providências disciplinares”.
A polícia não se manifestou sobre a vítima.
O advogado do sargento Barreto Ferreira, Guilherme
Holuboski, afirma que só se manifestará após o processo ser encaminhado para a
Justiça.
Entenda o caso
Em imagens feitas por testemunhas da agressão, pode ser
visto que a mulher foi deixada em um estacionamento, nua, entre os carros. A
ocorrência policial diz que o casal brigou dentro do carro.
A policial teria tomado medicamentos controlados. Em
depoimento, admite que, durante a discussão, tirou a própria roupa e “deu uma
cabeçada” no companheiro.
Após a agressão, o PM deu o golpe “mata-leão” nela. Depois,
a policial afirma ter se jogado do carro, mesmo sem roupa.
A mulher foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada
ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito.
Além disso, a PM solicitou medidas protetivas de urgência e
respondeu ao questionário sobre violência doméstica e familiar disponível pelo
Ministério Público do Distrito Federal e pelo Tribunal de Justiça do Distrito
Federal – MSN Notícias.
Carlos Magno
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